Porta aberta às PME para se aliarem a produtores mundiais

Projeto Transtech visa capacitar empresas do Norte, Centro e Alentejo para responder a requisitos de setores com mais peso na economia internacional

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Dia 07 de May de 2021

Alexandre Rios, diretor do PortusPark © Pedro Granadeiro/Global Imagens

Duas associações de parques de ciências e tecnologia, a PortusPark e a TecParques, uniram-se para desenvolver um programa, designado por Transtech, cujo objetivo é dar às Pequenas e Médias Empresas das regiões Norte, Centro e Alentejo a oportunidade de melhor se qualificarem, de forma gratuita, para ficarem na órbita dos grandes produtores das áreas com maior peso na economia mundial. Espera-se que a iniciativa envolva 930 participantes.

A ideia central do projeto é permitir às PME saber que requisitos têm de ter para responder aos desafios e tendências das grandes cadeias mundiais dos setores agroalimentar, automóvel, aeronáutica, energia/descarbonização e tecnologias de informação. Mas também está a prevista a possibilidade de envolver as grandes cadeias para que possam conhecer a realidade das PME, em particular, as de cariz tecnológico e criativo inseridas nos parques de ciência e tecnologia nacionais.

Os promotores do Transtech idealizaram um programa com várias etapas, a desenvolver até ao final de setembro de 2022, contando investir 326 mil euros ao abrigo do Compete, explica Alexandre Rios, diretor da PortusPark, principal instituição do consórcio, sediada no Porto.

O programa arrancou em outubro e, neste momento, está já em conclusão a fase de diagnóstico, um levantamento feito junto de PME dos setores mencionados, bem como empresas de referência e associações também a eles ligados. Será um universo de "centenas" de entidades convidadas a identificar os tais desafios, tendências e requisitos, num processo que decorreu através de contactos diretos e de recolha de informação por questionários.

 

A seleção das regiões Norte, Centro e Alentejo resultou do critério do programa de financiamento que previa a sua aplicação nas três regiões de convergência do país. Alexandre Rios esclarece que esta opção visa contribuir para "reduzir as assimetrias existentes em certos pontos dessas áreas geográficas face ao resto do país".

É com base nos resultados do diagnóstico que o programa irá evoluir para a realização de um conjunto de workshops, cerca de uma dezena, com arranque previsto para maio, a cargo de especialistas em gestão do conhecimento, literacia financeira, processos de certificação e redes de inovação, entre outros, tanto com abordagens setoriais específicas, como transversais a vários setores.

Irão conduzir os workshops técnicos especializados dos dois consórcios envolvidos, mas também entidades subcontratadas e parceiros específicos para cada tipo de ação.

 

Site dentro de um mês
A terceira etapa do Transtech prevê a realização dos chamados "roteiros de inovação", através dos quais um conjunto de participantes poderá ir visitar empresas de referência nos setores considerados na sua região, bem como centros tecnológicos, unidades de investigação e laboratórios que apoiam essas atividades.

Por último, o programa culminará com sessões de partilha internacional, a cargo das duas associações de parques de ciência envolvidas, no âmbito da sua participação nas conferências da IASP - International Association of Science Parks.

Outra peça chave do processo - o site do Transtech - deverá ficar disponível "dentro de um mês". Será a ferramenta através da qual os interessados poderão obter informações sobre o programa e efetuar as suas inscrições nas várias iniciativas. Está igualmente prevista a presença em redes sociais (Instagram, LinkedIn e Facebook).

O seminário de encerramento de toda a ação, dentro de ano e meio, será a ocasião reservada pelos promotores para divulgar as conclusões do diagnóstico estratégico dos setores identificados no projeto e "apontar caminhos para lidar com os fatores mais críticos da competitividade nacional", na convicção que os setores escolhidos são "os que mais podem incentivar os restantes domínios da economia, gerando um efeito de arrastamento de que todos podem beneficiar", conclui Ana Paula Grijó, dirigente do TecParques.

 

Fonte/s: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/porta-aberta-as-pme-para-se-aliarem-a-produtores-mundiais-13580065.html